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O que o ENEM realmente cobra na redação?

  • Foto do escritor: professoramarisafr
    professoramarisafr
  • 23 de abr.
  • 3 min de leitura

Se você já passou horas decorando estruturas prontas, encaixando citações em todo e qualquer parágrafo e repetindo fórmulas como se fossem poções mágicas da nota mil, pare agora. A redação do ENEM não é uma receita de bolo. Entender o que a banca realmente avalia é o primeiro passo para escrever com estratégia, personalidade e clareza.


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A Redação do ENEM: muito além de cinco parágrafos

É comum ouvir por aí que basta escrever uma introdução, três parágrafos de desenvolvimento e uma conclusão com proposta de intervenção que a nota alta vem. Mas a verdade é que a estrutura sozinha não garante resultado. O que está em jogo vai muito além do esqueleto da redação. A banca quer ver conteúdo com profundidade, organização de ideias, domínio da linguagem formal e autoria.


As 5 Competências Avaliadas no ENEM

A redação do ENEM é corrigida com base em cinco competências, cada uma valendo até 200 pontos. Veja abaixo quais são e o que realmente significam na prática:


1. Demonstrar domínio da norma-padrão da língua portuguesa

Não basta apenas "não errar". A banca espera que você escreva com clareza, precisão e variedade vocabular. Erros de ortografia, concordância ou regência podem prejudicar sua nota, mas textos repetitivos e sem fluidez também tiram pontos.

💡 Dica prática: Varie conectivos e evite vícios como “dessa forma”, “além disso”, “por outro lado” em todo parágrafo. Uma boa forma de treinar é criar listas alternativas de conectores para cada parágrafo da redação.

2. Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento

Você precisa responder ao tema com profundidade. Textos genéricos ou que tangenciam o assunto não pontuam bem. Além disso, é importante usar repertórios que mostrem que você pensa o tema a partir de diferentes áreas do saber.

📌 Exemplo: Se o tema for “Desafios para a valorização de comunidades tradicionais no Brasil”, você pode usar conceitos de Sociologia sobre identidade cultural, além de citar a Constituição de 1988 como repertório jurídico.

3. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista

Aqui entra a capacidade argumentativa. Seus parágrafos devem ter lógica interna, com ideias bem encadeadas, conectadas com o tema e entre si. Aquele desenvolvimento que parece um passeio aleatório por tópicos não convence a banca.

🧠 Dica de ouro: Use o modelo causa → consequência → solução para aprofundar argumentos, sem cair na superficialidade.

4. Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação

É a sua capacidade de costurar o texto. A coesão precisa ser fluida e variada. Não basta só trocar os “e” por “além disso” e achar que está resolvido.

🪡 Exemplo: Use expressões como “sob esse viés”, “diante do exposto”, “não obstante”, “embora seja evidente que” para mostrar domínio da articulação textual.

5. Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado

A proposta de intervenção precisa ser detalhada, viável e completa. Isso significa apresentar quem vai agir, o que será feito, como, para quê e com que efeito. Propostas genéricas como “fazer campanhas de conscientização” já não colam.

✔️ Boa proposta: O Ministério da Educação pode implementar, nas escolas públicas, oficinas culturais voltadas à valorização de saberes tradicionais, com o apoio de lideranças locais, a fim de fortalecer a identidade dessas comunidades e promover o respeito à diversidade.

O Erro que Mais Tira Pontos: Textos Genéricos

O grande pecado de muitos candidatos é escrever textos genéricos e previsíveis. Aqueles que parecem feitos por um robô ou copiados de um cursinho. A banca reconhece quando o texto não tem autenticidade nem reflexão crítica. E a nota reflete isso.


Como se destacar de verdade?

🎯 Foque no conteúdo: estude temas atuais, amplie seu repertório e entenda as diferentes abordagens possíveis para cada proposta.

🖋️ Pratique com propósito: escreva semanalmente, revise seus textos e estude as correções.

👂 Busque correções humanizadas: feedbacks detalhados ajudam você a enxergar seus pontos fortes e o que precisa melhorar.


Conclusão: Não é sobre fórmula, é sobre estratégia

A redação do ENEM premia quem pensa, argumenta e propõe soluções com clareza, propriedade e autoria. Se você quer se destacar, não basta decorar modelos — é preciso entender o que está por trás de cada competência.


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E se você quiser uma ajudinha nessa jornada, aqui no Letras & Linhas temos correções humanizadas, repertórios mensais e aulas ao vivo para que a sua nota não seja um mistério, mas sim uma consequência da sua evolução.

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Professora Mariane Safra | Redação

professoramarisafra@gmail.com

 

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